segunda-feira, 2 de maio de 2011

Socialismo (Utópico e Real)

O Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo. A idéia foi desenvolvida a partir da realidade na qual o trabalhador era subordinado naquele momento, como baixos salários, enorme jornada de trabalho entre outras.

Nesse sentido, o socialismo propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda.

Os precursores dessa corrente de pensamento foram Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858), conhecidos como criadores do socialismo utópico.

Outros pensadores importantes que se enquadram no socialismo científico são os conhecidos Karl Marx e Friedrich Engels.

Apesar das idéias socialistas terem sido criadas ainda no século XIX, foram somente no século XX colocadas em vigor. O primeiro país a implantar esse regime político foi a Rússia, a partir de 1917, quando ocorreu a Revolução Russa, momento em que o governo monarquista foi retirado do poder e instaurado o socialismo. Após a Segunda Guerra Mundial, esse regime foi introduzido em países do leste europeu, nesse mesmo momento outras nações aderiram ao socialismo em diferentes lugares do mundo, a China, Cuba, alguns países africanos e outros do sudeste asiático.

Diante de todas as considerações, a seguir os principais aspectos do socialismo que deixam claro a disparidade com o sistema capitalista.

• Socialização dos meios de produção: todas as formas produtivas, como indústrias, fazendas entre outros, passam a pertencer à sociedade e são controladas pelo Estado, não concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria.

• Não existem classes, ou seja, existe somente a classe trabalhadora e todos possuem os mesmos rendimentos e oportunidades.

• Economia planificada: corresponde a todo controle dos setores econômicos, dirigidos pelo Estado, determinando os preços, os estoques, salários, regulando o mercado como um todo.

Socialismo Utópico

Socialismo Utópico é a primeira corrente do moderno pensamento filosófico socialista, surgida no primeiro quartel do século XIX e que desenvolvia conceitos e ideias definidas como utópicas para os pensadores socialistas que surgiriam posteriormente. Estes primeiros pensadores do moderno socialismo não reconheciam autoridade externa, além de subordinar a religião, a ciência, sociedade e instituições políticas a uma drástica e permanente crítica. Tudo o que era produzido pela humanidade deve justificar sua existência, ou seja, demonstrar sua utilidade ou então ser combatida até que deixasse de existir. A razão era a medida de todas as coisas. À toda forma de tradição, sociedade, governo, costume ou similar existente, toda velha noção tradicional deveria ser considerada irracional e combatida.

O cenário de nascimento do socialismo utópico, a França do início do século XIX, abundavam as crises provocadas pelo avanço do sistema liberal, que produzia miséria em série, proporcionando precárias condições de vida aos cidadãos que então chegavam recentemente do meio rural. A jornada de trabalho absurda e o uso de mão de obra infantil completavam o cenário de horror que a Revolução Industrial criou inadvertidamente.
Nesse ambiente onde as promessas da Revolução Francesa acabaram de certo modo por não se concretizar, onde a única liberdade existente era a de mercado, com o capitalista tendo passe livre para realizar a exploração do trabalhador comum. De tal decepção e frente à uma realidade desesperadora, surgem os questionamentos por parte dos intelectuais. De uma dessas correntes de questionamentos temos a origem do socialismo utópico. O termo “utopia” é um resgate literário do título do livro de Thomas Morus, de 1516, e tal expressão passa assim a designar toda filosofia defensora da igualdade social, onde era pregado um modelo idealizado, mas a “receita” para se atingir tal caminho não era discutida.
Autores como Marx mais tarde iriam distanciar-se de certo modo de tais fórmulas, rotulando-a de burguesas, assim como fariam outros pensadores de esquerda contemporâneos a ele, pois os pensadores do socialismo utópico tinham como expectatva a “iluminação” ou súbita consciência dos indivíduos das classes dominantes de, um determinado dia, esclarecidos da desigualdade e falibilidade do sistema em voga, fariam então as reformas que dariam igualdade social a todos os cidadãos. Marx e os socialistas modernos obviamente não viam desse modo a composição e funcionamento da sociedade em geral, e muito menos esperavam pela benesse das classes dominantes em um dia distribuir igualdades às suas respectivas populações.

Socialismo Real

Socialismo Real é aquele que ainda existe em alguns países. Os quais aplicam o socialismo com a intenção de promover a igualdade entre as nações, em oposição ao capitalismo que se apóia na produção de desigualdades econômicas e sociais. Porém só conseguiram gerar mais pobreza, massacres em massa e etc.




Bandeira do Comunismo.




                                                Sátira ao Fracasso do Socialismo.

Europa Oriental (Leste Europeu)

O Leste Europeu, também conhecido como Europa Oriental, é uma região que abriga países situados na parte central ou oriental do continente europeu. Há várias interpretações para a abrangência do termo, frequentemente contraditórias e influenciadas por fatores geopolíticos e ideológicos. O número de países que o Leste Europeu compreende depende da área incluída em cada interpretação.
Ainda assim, mesmo que não tenham nenhuma homogeneidade absoluta, a maioria dos países da região, apresentam várias similaridades tais como a presença forte do idioma eslavos, e da religião cristã ortodoxa. Além disso boa parte dos países da região (à exceção da Grécia) adotaram em algum momento de suas histórias o regime econômico socialista e o regime político de partido único, a maioria deles entre os anos de 1945 e 1989.

Relevo da Europa Oriental

O Leste Europeu apresenta relevo mais acidentado que a média da Europa Ocidental, incluindo diversas cadeias montanhosas, cordilheiras e serras, como os Cárpatos e os Urais. O clima é predominantemente continental temperado e, no verão, as temperaturas podem oscilar de 24 °C a 35 °C. Os invernos, contudo, são severos, com neve e frequentes temperaturas abaixo do 0 °C. A vegetação, mais densa e menos devastada, é rica em florestas de pinheiros (beneficiando a indústria madeireira na região, a maior da Europa). Além disso, possui um sistema hidrográfico muito amplo, com rios de longa extensão, que deságuam tanto no Mar Negro quanto no Báltico. Entre os maiores, contam-se o Danúbio, o Volga, o Dnieper, o Dniester, o Sava, o Drina e o Don. Na área da antiga União Soviética, o curso natural dos rios foi aproveitado para a construção de grandes canais navegáveis entre eles.

Socialismo na Europa Oriental

O Leste Europeu foi uma das regiões do mundo onde a ideologia socialista mais ganhou adeptos e permaneceu mais tempo como regime político e econômico instituído. Já no século XIX, o socialismo em sua vertente utópica era utilizado por movimentos emancipacionistas dos povos da região em sua busca pela libertação dos grandes impérios (Otomano, Austro-Húngaro, Russo). Entre as décadas de 1870 e 1890, vários dos países balcânicos ganharam independência dos turcos e adotaram a monarquia como forma de governo (Bulgária, Romênia, Sérvia, Montenegro), enfrentando-se mais tarde nas Guerras balcânicas. Já os submetidos à Rússia e à Áustria-Hungria permaneceram subjugados. Com a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa de 1917, o socialismo de orientação bolchevique passou a ser inspirador para inúmeros destes povos, principalmente onde a russofilia era mais acentuada (como na Bulgária).
No entre-guerras (1918-1939), os impérios centrais foram derrotados e os povos do Leste Europeu, reorganizados em novos estados (como a Tchecoslováquia e a Iugoslávia, depois extintos, e a Polônia). Principalmente nas monarquias parlamentares, a política polarizou-se entre radicais simpatizantes do fascismo (então em ascensão na Europa Ocidental) e do comunismo. A ideologia definiu o lado a que se aliaram quando rebentou a Segunda Guerra Mundial: enquanto os governos de Hungria, Romênia e Bulgária se aliaram ao nazi-fascismo do Eixo, a Polônia, a Tchecoslováquia e a Iugoslávia foram invadidas, repartidas e anexadas ou colocadas sob estados-fantoche (como na Croácia e na Eslováquia).



       Divisão dos Países pertencentes à Europa Oriental